terça-feira, 7 de agosto de 2012

Karl Lagerfeld e os seus "Karlismos"



Entre tantos projectos e hobbies de Karl Lagerfeld, que passam pela fotografia, ilustração, colaborações com revistas de arquitectura e politica, entre muitos outros, um dos seus passatempos preferidos são os seus "karlismos", um conjunto de opiniões e citações para as quais o director criativo da Chanel dedicou uma secção do seu site. “Personality begins where comparison ends” (A personalidade começa quando a comparação acaba) é uma delas. Mas estes “karlismos” não consistem apenas em frases feitas sobre moda, personalidade ou vida. Eles estendem se a críticas directas a algumas pessoas, celebridades ou estilos de vida sobre os quais o designer tem uma opinião e sente que vale a pena partilhá-la. Um dos “karlismos” mais recente foi dirigido a Pippa Middleton, irmã da duquesa de Cambridge: “Kate Middletton tem uma silhueta bonita e é a mulher certa para aquele rapaz. Eu gosto desse tipo de mulher, gosto de belezas românticas. Por outro lado, a sua irmã precisa de se esforçar. Não gosto do rosto dela. Ela só deveria mostrar as costas”. E quem não se lembra de um clássico com a cantora Adele, quando recebeu seis  Grammy's na mesma noite? Lagerfeld partilhou a sua opinião sobre ela: “O acontecimento do momento é a cantora Adele. Ela é um pouco gorda demais, mas tem uma cara bonita e uma voz divina”. A repercussão mediática teve tal força que existem rumores de que o designer se desculpou perante a cantora, ao enviar uma colecção de malas Chanel. Mas nem todos os alvos de crítica recebem prémios de consolação. O “The Telegraph” elaborou uma lista de alguns dos insultos mais famosos de Karl, a maior parte sem direito a pedido de desculpas.


Sobre a cantora Lana del Rey: “Ela é uma construção com todos aqueles implantes?”.
Sobre a crise financeira grega: “A Grécia precisa de melhorar a sua imagem, o que é um problema já que eles têm essa reputação de serem tão corruptos. Não podemos ter a certeza de que o dinheiro vai onde é suposto ir. Ninguém quer que a Grécia desapareça, mas eles têm hábitos muito nojentos. A Itália também”.
Sobre Robyn Givhan, editora de moda da “Newsweek” e do site “The Daily Beast” e vencedora de um prémio Pulitzer: “Nem sei quem é essa mulher”.
Sobre os looks do casamento real: “Isto não foi moda, foi a escolha deste género de mulheres para este género de cerimónias: más proporções, chapéus feios e saias curtas em pernas gordas”.
Sobre Andy Warhol: “Eu não deveria dizer isto, mas fisicamente ele era repugnante”.
Sobre a modelo Heidi Klum: “Eu não conheço a Heidi Klum. Ela nunca foi famosa na França. A Claudia Schiffer também não sabe quem ela é”.
Sobre Inès de la Fressange: “Desejo-lhe toda a sorte do mundo, desde que eu não tenha mais de vê-la ou ouvir falar dela”.
Sobre Yves Saint Laurent em 1984: “Ele é muito pied-noir (significa “pé negro” e remete à população francesa das antigas colónias), muito provinciano”.
Sobre as mulheres que reclamam que as modelos das revistas são muito magras: “São múmias gordas sentadas a ver TV, a comer pacotes de batatas fritas, a dizer que modelos magras são feias”.
Sobre pessoas baixas e pouco atraentes: “A vida não é um concurso de beleza, algumas pessoas feias são incríveis. O que eu não gosto é de pessoas mal humoradas e feias. O pior são homens feios e baixos. As mulheres podem ser baixas, mas para os homens é impossível. (...)"
Sobre regime: “O corpo precisa estar impecável. E se não estiver, compre tamanhos menores e coma menos”.
Sobre crianças: “Elas crescem muito rápido, e ter filhos adultos faz parecer que você tem 100 anos. Eu não quero isso”.
Sobre peles: “São os agricultores que são simpáticos com as vacas e com os porcos e que depois os matam. Isso é ainda mais hipócrita que os caçadores. Pelo menos os caçadores não elogiam os animais. Eu não gosto que as pessoas matem brutalmente animais, mas também não gosto quando eles matam as pessoas, o que aparentemente acontece muito pelo mundo”.


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